viernes, 6 de marzo de 2009

Soy Loco Por Ti, América / Sou Louco Por Ti, América

Olharam a foto que escolhi como meu Avatar? Bom, realmente sinto-me tão identificada com ela que até a virei meu Gravatar... é que me apaixonei dela apenas a vi em um sítio que tinha fotos de paisagens patagônias (o lugar de terra más bonito que conheço). Esta foto é do céu de Caleta Olívia.
Não sei bem por que, mas amo essa possibilidade que temos na Argentina (e em El Salvador, em Nicarágua, em Guatemala, em Honduras e não sei se me esqueço de outro país) de poder ver pro céu e sentir a pátria reflita.
Assim aconteceu no momento que me apaixonei desta foto, automaticamente me disparou a lembrança desta bonita música de Caetano Veloso. De um dos seus primeiros albumes lá pelo 1968 quando inventava hinos musicais junto ao Gilberto Gil e criava o Tropicalismo.
Uma música bilíngüe, sim, porque o gênio destes dois gênios a inventou em espanhol e português. Uma das primeiras músicas que comecei sozinha descobrir a letra quando aprendia português em forma auto-didata muitíssimo tempo antes de fazê-lo de maneira formal. Uma música que reflete muito de nós Latino-américanos, de nossa realidade política e social. Uma música que adoro com toda minha alma e espero que chegue tão profundo em vocês também.

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Sou louco por ti, América, eu vou trazer uma mulher praieira
Que seu nome seja Marti, que seu nome seja Marti
Sou louco por ti de amores tenha como cores a espuma branca de Latino América
E o céu como bandeira, e o céu como bandeira

Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores

Sorriso de quase nuvem, os rios, canções, o medo
O corpo cheio de estrelas, o corpo cheio de estrelas
Como se chama a amante desse país sem nome, esse tango, esse rancho,
Esse povo, dizei-me, arde o fogo de conhecê-la, o fogo de conhecê-la

Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores

O nome do homem morto já não se pode dizer, quem sabe?
Antes que o dia arrebente, antes que o dia arrebente
O nome do homem morto antes que a definitiva noite se espalhe em Latino América
O nome do homem é povo, o nome do homem é povo

Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores

Espero a manhã que cante, o nome do homem morto
Não sejam palavras tristes, sou louco por ti de amores
Um poema ainda existe com palmeiras, com trincheiras, canções de guerra
Quem sabe canções do mar, ai, até te comover, ai, até te comover

Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores

Estou aqui de passagem, sei que adiante um dia vou morrer
De susto, de bala ou vício, de susto, de bala ou vício
Num precipício de luzes entre saudades, soluços, eu vou morrer debruços
Nos braços, nos olhos, nos braços de uma mulher, nos braços de uma mulher
Mais apaixonado ainda dentro dos braços da camponesa, guerrilheira
Manequim, ai de mim, nos braços de quem me queira, nos braços de quem me queira

Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores
Sou louco por ti, América, sou louco por ti de amores

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